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A ILHA DAS ESPOSAS


Chegada ao paraíso perdido


Era para ser apenas uma expedição etnográfica amadora. Eu e a Priscila, minha esposa, além de sexo, também gostamos muito de viajar como pesquisadores. Depois de dias navegando por braços de rio quase invisíveis no mapa, encontramos a ilha. Um lugar sem sinal de GPS, sem registro em satélites, cercado por uma neblina espessa e uma vegetação que parecia nos observar.


Fomos recebidos por indígenas, em silêncio. Olhares diretos. Corpos nus, pintados. Havia beleza ali, mas também algo inquietante — uma ordem própria, onde o nosso modo de viver não valia nada.


Nos hospedaram numa cabana de madeira com folhas de bananeira no teto. Alimentos nos foram oferecidos, colares cerimoniais pendurados ao nosso redor. Priscila, de algum modo, parecia estar em casa. Eu, em alerta constante.


Na primeira noite, vimos a fogueira no centro da aldeia. Todos dançavam. Uma mulher subiu numa pedra, despiu-se com lentidão ritual e foi possuída ali mesmo por dois homens, enquanto todos assistiam em silêncio reverente, como se contemplassem um nascer do sol.


Priscila apertou minha mão.


— É um ritual… — ela sussurrou, com olhos fixos na cena.

— Um ritual do quê? — perguntei, confuso.

Ela respondeu com uma voz estranhamente firme:

— Fertilidade. Liberdade. Verdade.


Sem volta


Na manhã seguinte, Priscila foi convidada por mulheres da tribo a participar de um banho ritual no rio. Voltou horas depois, molhada, com a pele coberta por desenhos de jenipapo e urucum, e um colar de dentes de peixe no pescoço. Disse apenas:


— Me sinto outra.


Fomos levados à tenda sagrada, construída com cipós e peles secas. Lá, a anciã Aniruá, acompanhada do pajé e de outros anciões, nos aguardava em círculo.


A anciã falou diretamente com Priscila. Não pediram tradução. Não pediram minha opinião.


Um jovem tradutor — o único que falava português rudimentar — virou-se para mim e explicou:


— Aqui… mulher que chega… participa do Pacto dos Corpos.

— Que pacto? — perguntei, a boca seca.

— Mulher casada precisa ser… tomada por guerreiros. É sagrado. A terra exige. Se não aceitar…ela é sacrificada.

Olhei para Priscila. Ela não parecia surpresa. Como se já soubesse. Como se, obviamente, já tivesse aceitado.


Aniruá estendeu um colar de sementes negras e colocou-o em seu pescoço. Era o símbolo do ritual. Um caminho sem volta.


Fiquei ali, parado. Não me perguntaram se eu aceitava. Não me deram tempo para pensar. Era o costume — antigo, inegociável.


Priscila caminhou até mim, nua. Os seios pintados com linhas vermelhas, o ventre úmido de óleo, o sexo visivelmente latejando entre as coxas firmes. Me olhou com ternura… e talvez piedade.


Me beijou na boca — um beijo profundo, possessivo, como se dissesse: “Você ainda é meu. Mas agora… sou deles também.”


E então se afastou. Foi levada por duas mulheres até a tenda das folhas fechadas. Lá dentro, esperavam por ela três índios nus, corpos cobertos de desenhos, pênis eretos e olhos ardendo como brasas.


Fiquei do lado de fora.


E ouvi tudo.


O pacto dos corpos


Fiquei sentado do lado de fora da tenda. Sozinho. Com o coração disparado, o pau latejando por baixo do tecido leve que cobria minhas pernas. O calor era sufocante, mas não vinha do clima — vinha do que acontecia atrás daquelas folhas entrelaçadas.


No início, os sons eram suaves. Um murmúrio abafado de reza, talvez. O farfalhar da palha sob corpos em movimento. Depois, o ritmo mudou.


Ouvi um gemido. Curto. Meu corpo inteiro se arrepiou. Era Priscila.


Tentei fechar os olhos, mas era pior. A mente fazia mais do que ouvir — imaginava, construía cada cena como um filme perverso dentro de mim.


Ouvi o som de estocadas molhadas. O barulho da carne sendo penetrada com força. Um daqueles indios começou a grunhir, ritmado, como um animal em cio. E então ela gritou. Um som longo, intenso, mais alto do que qualquer gemido que ela já tinha soltado comigo.


“Ahh… porra…” — veio a voz dela, rouca, quase irreconhecível.


Imagens tomavam minha mente. Via Priscila de quatro, com o corpo pintado, sendo aberta por trás por um deles de quadris largos e mãos enormes. Outro segurava seus cabelos. Talvez um terceiro a chupasse por baixo, entre os gemidos.


Ela gemia como uma onça. A tenda tremia com os movimentos. O som das estocadas ficava cada vez mais forte — o ritmo animalesco do sexo cru. Gemidos, gritos abafados, palavras que eu não entendia.


E quando o silêncio finalmente caiu… eu estava encharcado de suor. E com o pau pulsando, tão duro que chegava a doer.


O retorno de Priscila


A tenda se abriu com lentidão. A fogueira iluminava sua silhueta nua, e por um momento, eu mal reconheci minha própria esposa.


Priscila caminhava como quem acabara de voltar de um campo de batalha sexual. O corpo coberto de suor, de óleo e de traços em urucum. O cabelo solto, bagunçado. Os seios marcados por mordidas. Os mamilos vermelhos. As coxas tremiam levemente a cada passo. E entre elas… um fio espesso e brilhante escorria de sua buceta avermelhada e aberta — ainda latejando, ainda vazando o gozo dos guerreiros que a haviam tomado.


Ela estava mais larga. Visivelmente. A buceta pulsava, inchada, entregue. Era impossível não ver — havia sido preenchida profundamente, por mais de um homem, por muito tempo.

Quando chegou até mim, não disse nada. Montou em mim com naturalidade, como se meu corpo fosse dela por direito.


Eu a penetrei.

E senti de imediato: meu pau dançava lá dentro dela.


O encaixe que antes era apertado, quase feito sob medida, agora era um espaço úmido e largo, escorregadio, que me engolia sem resistência. Ela gemia, mas não por mim — gemia ainda sob o eco de tudo o que tinha vivido lá dentro. Rebolava devagar, com os olhos fixos nos meus.


— Sente? — ela sussurrou, ofegante. — O ritual continua aqui! – completou.


Meu pau escorregava dentro dela, deslizando como se nadando em um mar de gozo tribal. Eu tentava manter o controle, mas o som do atrito molhado, a largura absurda daquela buceta fodida, a forma como ela me olhava com domínio…


Não aguentei.


Gozei com força, gemendo alto, sentindo meu esperma se misturar ao caldo espesso daqueles índios que já preenchia o ventre dela. E mesmo assim, ela continuou se movendo, como se minha ejaculação fosse irrelevante. Ela estava além de mim.


Priscila era outra. Uma fêmea da ilha agora. Uma mulher que tinha sido tomada ritualmente. Uma esposa transformada. Agora uma Índia daquela tribo desconhecida. 


O corpo que ficou


Fugimos da ilha na noite seguinte ao ritual.


Os anciões não queriam que partíssemos. A tradição dizia que, uma vez marcada pelo Pacto dos Corpos, a mulher pertencia à terra — ao calor da aldeia, aos homens que a haviam conhecido por dentro. Mas eu não podia permitir que Priscila se perdesse em algo que não podíamos compreender por inteiro. Ou talvez, no fundo, tivesse medo de perdê-la para sempre.


Foi ela quem hesitou mais.


— Eles me abriram de um jeito que eu me sinto pertencente à natureza — disse, me olhando nos olhos, nua, o corpo ainda tingido com os traços da tribo.

— E mesmo assim, vem comigo? — perguntei, segurando seu rosto.


Ela não respondeu. Apenas encostou a testa na minha e chorou em silêncio, com um certo medo do que estava acontecendo. E na mesma madrugada, deixamos a cabana com o mínimo de pertences e seguimos até o pequeno barco que havíamos deixado escondido no manguezal.


Durante a travessia, ela estava quieta. O corpo exausto. As pernas abertas, descansando sobre a borda do barco, deixando que o vento passasse entre suas coxas ainda úmidas e marcadas pela noite anterior. A luz da lua refletia no brilho que escorria lentamente por sua vulva inchada.

Quando paramos na primeira cidade costeira, entramos num pequeno hotel. Quarto simples, cama de casal, lençóis brancos. Priscila se despiu lentamente, como no ritual — sem vergonha, sem pressa. O corpo ainda carregava o perfume da selva, do sexo ancestral, do suor masculino que a havia tomado.


Sentou-se na beira da cama, abriu as pernas, e me chamou com os olhos.


— Me ama assim? — perguntou mostrando sua abertura ainda larga.


— Te amo exatamente assim — respondi.


A penetrei em seguida. Entrei com facilidade, envolvido por um calor profundo, alargado, que parecia não querer fechar nunca mais. E mesmo escorregando em cada investida, mesmo sentindo meu pau afundar naquela carne já domada, gozei com força — não por posse, mas por entrega.


Ela gozou comigo.


Desta vez por mim. Por nós.


Nos abraçamos após o orgasmo. E naquela noite, Priscila dormiu em meus braços. Mas em seus sonhos — eu sabia — mesmo tendo deixado a tribo, parte do corpo dela ainda morava lá com o pacto.

E essa parte… agora era também minha.


 
 
 

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