
O BIOMBO AO LADO
- casalsiri
- 30 de ago.
- 3 min de leitura
No spa do silêncio, os gemidos não mentem… mas ela jura que nunca esteve lá.
A Sugestão Inocente
— Você anda tenso. Vai. Desliga a cabeça um pouco. Faz uma massagem dessas que te derretem por dentro.
Ela disse isso largada no sofá, moletom velho, coque bagunçado, pernas jogadas uma sobre a outra. Priscila sempre soube dosar ironia e carinho, mas aquele jeito despretensioso… me pareceu estranho.
Beijei sua testa, e fui.
Sozinho.
O Spa Silencioso
O local era discreto. Letreiro elegante, vidro fumê, cheiro de incenso cítrico no ar. Pouca luz. Poucas palavras.
— Cabine 8 — disse a recepcionista. — Tire tudo. Deite. A terapeuta virá.
Obedeci. Entrei, despi-me, vesti o roupão, deitei de bruços na maca. Os biombos altos separavam as cabines. Quase paredes, mas por onde sons — e talvez intenções — escapavam.
A voz impossível
A massagem começou. Óleo quente, mãos firmes, longos deslizamentos pelas minhas costas. Eu me rendia… até que ouvi.
Do biombo à esquerda.
— “Mmmh… isso, mais… chupa minha bucetinha inteira, vai…”
Parei de respirar.
O gemido seguinte… era ela.
Rouco, urgente, escancarado. Idêntico ao que ela solta com a boca cheia de gozo, com a bunda empinada, suada.
— “Vai… enfia esse pau, porra… mete com força… me arrebenta…”
A massagista pressionou minhas coxas, puxando-as mais para fora. Seus dedos roçaram meu saco. Meu pau endureceu contra o lençol.
No biombo ao lado, o som das estocadas ecoava, molhado, ritmado.
E a voz, mais intensa:
— “Isso, mete tudo… goza dentro, não para… me fode como uma cachorra…”
Boca suja, boca quente
Ela me virou de costas.
Sem palavras, afundou a boca no meu pau.
Lenta. Precisa.
Chupava com domínio, enquanto os sons ao lado me enlouqueciam.
— “Agora de quatro… isso… me abre… me bate… mais, mais forte… aaaah!”
— “Issoooo… enfia mais… mete esse saco na minha bunda…”
Cada frase fazia meu corpo tremer.
A massagista alternava lambidas com sugadas, enfiando tudo na garganta com estalos obscenos.
Meus quadris respondiam sozinhos.
E então, o momento mais surreal.
A voz ao lado gritou:
— “Tô gozaaaando… aaaah, isso, enfia tudo… chupa minha porra agora!”
Gozei junto.
Forte.
Com a boca dela sugando cada gota como se quisesse devorar o meu delírio.
O silêncio depois.
A terapeuta se levantou.
Me deixou ali, imóvel.
O som no outro biombo cessou.
Levantei, vesti-me.
Saí com a mente estilhaçada.
Mas… alguma parte de mim sentia excitação em vez de ciúmes.
Em casa, como se nada
Priscila estava no mesmo lugar, com o mesmo moletom, agora lendo um livro grosso.
— E aí, relaxou?
— Bastante.
— Deve ter sido bom mesmo. Tá com uma cara estranha.
Sorri.
Ela se levantou, e enquanto se espreguiçava, o moletom subiu. Vi três marcas vermelhas de dedos em sua coxa, na lateral. Como se alguém a tivesse segurado ali com força.
Não perguntei nada.
Ela tirou a roupa, entrou no banho, voltou cheirosa e limpa. Fizemos sexo. Intenso. Suado.
Mas… algo nela estava mais solto, mais entregue. E no meio do ato, sussurrou no meu ouvido:
— “Vai… me arromba… assim… isso… me goza por dentro…”
Três dias depois
Voltei ao spa.
Não disse meu nome. Apenas pedi a mesma cabine.
Entrei. Me despia lentamente quando notei algo atrás do biombo.
Um sutiã.
Rendado. Preto. Tamanho e estilo idêntico ao de Priscila.
Sobre ele, um pequeno papel dobrado.
Abri.
Estava escrito à mão:
“Se você imaginou… é porque já aconteceu.”
Assinei o formulário de satisfação.
Pedi um chá.
E marquei o próximo horário.



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