
O ESPELHO DOS CIÚMES
- casalsiri
- 30 de ago.
- 4 min de leitura
O começo do desejo
Tudo começou com um espelho antigo que herdamos junto com o apartamento. Era grande, com moldura entalhada à mão, de madeira escura e fria. Parecia inofensivo — até nos mostrar o que não estávamos prontos para ver.
Uma noite, entre beijos e toques na sala, notamos que o espelho não refletia a nós dois. A princípio, achei que fosse um truque de luz. Mas à medida que me aproximei, vi… eu mesmo. Só que não era o meu reflexo exato. Refletia algo… além.
No espelho, eu estava nu, sentado no sofá. E não estava sozinho. Uma mulher ruiva, de corpo escultural e olhar faminto, se inclinava entre minhas pernas, lambendo minha glande como se saboreasse algo sagrado. Ao lado dela, uma negra voluptuosa, com seios firmes e a boca carnuda, chupava meu saco com avidez. Eu sorria, mãos repousadas sobre a cabeça delas. Um rei em seu trono de prazer.
Olhei por cima do ombro. Priscila tinha parado no batente da porta, muda.
— Você está vendo isso? — perguntei.
Ela assentiu lentamente. Seus olhos estavam grudados no espelho. Ela se aproximou. No reflexo, eu me levantava, pegava a ruiva pela cintura e a colocava de quatro no chão da sala. A negra deitava sob ela, abrindo as pernas. Eu as penetrava em alternações — em duas bucetinhas gostosas — e o som da minha respiração pesada preenchia o ambiente.
— Isso tá… tá mesmo acontecendo? — murmurou Priscila, passando a mão pelo próprio ventre.
— Não sei — respondi. — Mas parece real.
Ela mordeu o lábio. E no reflexo, a ruiva olhou direto para Priscila e sorriu.
— Sua vaca — retrucou, Priscila, ao espelho.
O reflexo não mente
Na noite seguinte, foi Priscila quem se levantou primeiro. Eu fingia dormir, mas observava de olhos semicerrados. Ela se ajoelhou nua diante do espelho e passou os dedos pela moldura.
A imagem mudou. Lá estava ela, de quatro, cercada por mãos. Um homem a penetrava por trás, com estocadas profundas e firmes. Outro se ajoelhava à frente dela, oferecendo o pau que ela chupava com entrega. Mais dois assistiam, se masturbando, esperando sua vez.
Priscila arfava, olhos vidrados na imagem. A si mesma, gemendo, recebendo tudo. Ela levou a mão entre as pernas e começou a se tocar no mundo real, imitando os movimentos do reflexo.
Na manhã seguinte, ela sorriu pra mim e disse:
— Agora estamos quites.
Mas eu sabia que não estávamos.
A cena do meu troco
Esperei a noite cair. Esperei ela dormir. Voltei sozinho à sala e fiquei nu diante do espelho. Toquei a moldura.
A imagem surgiu com clareza. Lá estava eu — deitado no sofá, com a ruiva montada no meu rosto, gemendo alto, os cabelos flamejando contra a luz. A negra montava meu pau, de costas, rebolando com precisão, sentando fundo, até bater o quadril com estalos. Mas eu queria mais. E o espelho me deu.
A ruiva se virou de costas e eu a coloquei de quatro no chão. Separei suas nádegas com as mãos, cuspi direto no cuzinho rosado e o enfiei sem piedade. Ela gritou de prazer. A negra se deitou debaixo da ruiva e abriu as pernas. No cuzinho, eu a comi pela frente enquanto na outra por trás. Duplamente. Forte. Ritmada. Cada estocada fazia as duas gemerem em sincronia.
Meu reflexo sorria. Selvagem. Primitivo. A ruiva gozava tremendo, o cu se apertando ao redor do meu pau. A negra revirava os olhos, o ventre convulsionando sob mim.
Eu me masturbei vendo aquilo, sem vergonha. Gozando em jatos quentes na frente do espelho. Me sentia vingado.
Mas Priscila viu.
A vingança de priscila
Na manhã seguinte, encontrei-a ali, já nua, sentada sobre os calcanhares. O espelho aceso.
Ela olhou por cima do ombro, mordendo o lábio.
— Você acha que venceu, né?
No reflexo, a cena era ainda mais ousada. Priscila estava deitada de bruços, as nádegas abertas por mãos desconhecidas. Um homem empurrava devagar um pau grosso em seu cu. Ela arqueava, gemia, deixava. Outro homem se posicionava à frente e entrava devagar na buceta. Dupla penetração. Ela recebia tudo, o rosto molhado de suor, os olhos cravados na imagem.
— Você me mostrou sua putaria — ela disse, ofegante. — Agora é minha vez.
O terceiro homem se ajoelhava em cima do peito dela. Ela abria a boca e o sugava com fome. Três ao mesmo tempo. Um no cu. Um na buceta. Um na boca. Os olhos dela me encarando pelo espelho.
— Isso… é o que você queria ver? — ela perguntou, deslizando os dedos no clitóris.
— Isso… é o que você queria viver? — rebati, de pau duro outra vez.
— Isso… é o que eu sempre desejei, mas nunca tive coragem de dizer. – ela retrucou.
— E agora?
— Agora quero que você veja. Quero que você sinta o mesmo. A mesma raiva. O mesmo tesão que sofri ontem à noite.
Ela gozou olhando pra mim. O reflexo também. Os corpos colados a ela, os gemidos em uníssono. Ela tremia debaixo dos três. E sorria.
O espelho pulsava. As molduras pareciam vivas. Eu já não sabia o que era reflexo e o que era desejo.
O fim da disputa
Certa noite, o espelho estava coberto por um lençol. Nenhum de nós ousava tocá-lo. Havíamos ido longe demais. Prazer demais. Ciúmes demais. O jogo já não era só brincadeira.
Na madrugada, acordei sozinho.
Encontrei Priscila nua, sentada diante do espelho, a respiração calma, os olhos fixos no vidro.
— Você voltou a olhar? — perguntei.
Ela sorriu sem virar o rosto.
— Não. Eu entrei.
Mas como você não estava lá… voltei.
Me ajoelhei atrás dela. Toquei seu ombro. Ela inclinou a cabeça contra o meu peito.
Nenhum reflexo se formou. Apenas o silêncio entre nós.
Dessa vez, não havia mais disputa. Só a certeza:
Por mais longe que o espelho nos levasse, era um no outro que queríamos nos perder.



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