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VERSOS E UMA RAPIDINHA

Quando a rima vira gozo, e a plateia não sabe se aplaude ou se masturba.


A batalha de rimas


Eu só queria ouvir um som. Uma noite leve, cerveja na mão, palavras soltas no ar. A roda de freestyle estava pegando fogo — rimas afiadas, batidas secas, MCs se desafiando como gladiadores modernos. Eu estava lá, encostado, assistindo… até que a multidão se abriu e ela entrou.


Priscila.


Minha mulher.


E naquele instante, o tempo se retraiu.


O jeito que ela entrou na roda não foi de quem pede espaço. Foi de quem o toma. A calça colada desenhava cada curva da coxa, os seios marcavam sob o top regata fina, e o olhar? Firme. Desafiador. Ela caminhou até o centro como se fosse dona do evento — e por um minuto, todos os olhares se esqueceram das rimas. Só existia ela.


— Cadê o beat? — ela perguntou.


O DJ hesitou, depois soltou a batida. Grave, densa, suja.


E aí ela abriu a boca.


“Cheguei com a língua afiada e a raba mais ainda,

tô cuspindo gozo em rima, se tu treme, não se indigna.

Meu flow molha calçada, minha voz sobe pressão,

e se tua rima é fraca, eu te dou gozo e lição.”


A primeira rima veio com uma doçura cruel. A plateia sorriu. A segunda foi um soco. A terceira, uma facada na masculinidade de um MC que tentou rebater e levou uma sequência de versos que misturavam gozo, poder e poesia. Era a letra que eu tinha escrito numa madrugada — enquanto ela me cavalgava com a boca no meu ouvido e eu despejava nela, além de desejo, palavras.


Mas agora era ela cuspindo cada sílaba com gosto. O tom era erótico, sim. Mas também cruel. Ela rimava com promessas de foda e ameaça de dominação. Era sensualidade com faca nos dentes. E a multidão? Hipnotizada. Gente, suando, rindo, gravando. Alguns morderam os lábios. Outros nem disfarçavam o volume na calça. Ninguém sabia se estava numa batalha de rima ou num prelúdio pornô.


E eu?


Eu estava duro. Duro como pedra. O som da minha letra na voz dela me fazia querer rasgar tudo ali mesmo. Cada verso que ela cuspia me lembrava da noite em que escrevi, com ela molhada na minha cara, sorrindo e dizendo:


— Põe isso num papel. Depois eu boto na minha boca.


A batalha terminou com ela em pé, respirando ofegante, suada, com aplausos ensandecidos ao redor. Ela olhou pra mim. O olhar dizia tudo: Você vai me comer agora ou vai deixar todo mundo só imaginar?


Ela veio até mim. Não falou. Só pegou na minha mão e puxou.


A foda


Na rua de trás, a parede era áspera. O mundo seguia lá fora, mas ali éramos só nós. Ou quase.


Ela me encostou, ajoelhou-se sem cerimônia e abriu meu cinto com uma precisão pornográfica. O som do zíper baixando se misturou à batida do palco ainda vibrando ali perto. E então… a boca dela me engoliu.


Quente. Funda. Voraz.


Mas ela não estava escondendo nada. O movimento era explícito, rítmico. Um cara do evento deu de cara com a cena e parou. Outro apareceu logo depois. Priscila olhou pra eles com o pau ainda na boca e sorriu com os olhos. Não parou.

Eu podia ter dito “vamos parar”. Mas não disse. Eu queria que vissem. Que entendessem. A mulher que humilhou os MCs com versos de gozo estava agora me lambendo como um prêmio.


Ela tirou a boca e se virou, encostando as mãos na parede. A calcinha foi puxada pro lado, sem tirar a calça. Eu entrei nela com força. Sem dó. O som do impacto da minha pele na dela se misturava aos sussurros excitados dos caras assistindo. Um deles tocou-se por cima da calça. Priscila viu.


— Gosta de show? Então assiste até o fim. — ela disse entre gemidos.


Ela gozou primeiro. Apertou-se contra mim, gemendo abafado. Eu gozei logo depois, enterrado nela, olhando dois estranhos com os olhos arregalados como se tivessem assistido a um milagre profano.


Ela se recompôs devagar, como se saísse de cena. Olhou pros caras e disse:


— Na batalha, eu fodo com rima. Aqui, com a rima dele dentro de mim.


A provocação final


Ela não parou por aí.


Virou-se de frente pra eles, os cabelos ainda bagunçados, os lábios vermelhos e inchados, a pele marcada pelo calor da foda recém-feita.


Deu dois passos em direção ao primeiro — o mais novo, com a respiração curta, olhos arregalados.


— Você ficou o tempo todo se segurando? — perguntou, com a voz arrastada. — Teu pau tá duro desde a metade da batalha, não tá?


Ele engoliu seco. Não respondeu. Ela continuou:


— Queria estar no lugar dele? Na minha boca? Na minha rima?


Passou o dedo indicador no próprio pescoço, lentamente, como quem traça o caminho de uma língua imaginária. Depois se virou para o outro.


— E você? Tá com medo ou tá só esperando permissão pra gozar vendo a mulher dos outros rebolando com a porra escorrendo entre as pernas?


O silêncio era puro desejo. O ar, um tecido úmido de tensão.


Ela riu. Baixo. Safada.


Veio até mim, passou a mão no meu peito, e sem tirar os olhos deles, disse:


— Se quiserem, posso voltar aqui amanhã com outra letra dele na ponta da língua…

— Mas da próxima vez, se quiserem bater punheta enquanto eu o chupo, não precisa disfarçar. Quero ver a cara de tesão. Quero ver o pau duro. Quero ver vocês gozarem comigo gemendo na boca dele.


Deu um último sorriso. Lascivo. Lento.


Puxou minha mão.


E antes de desaparecer comigo no beco, lançou:


— A rima é livre. Mas quem quiser entrar no refrão… vai ter que aguentar o ritmo.


 
 
 

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